Cristianismo em tempos de cólera

dezembro 22, 2020

Muitos se perguntam qual deve ser o posicionamento do seguidor de Jesus nesses tempos de polarização, cólera e radicalismos diversos. Longe de pretender guiar qualquer um, vou aqui colocar minha modesta opinião.

Penso que o cristão deve se manter independente, não defender cegamente nenhuma posição extremista ou partido. Em épocas como essas, se faz necessária a imparcialidade, a visão embasada na busca da verdade, a mesma verdade que Jesus afirmou libertar as pessoas. Imparcialidade para denunciar as manobras tanto de direita quanto de esquerda visando manipular corações e mentes. Jesus nunca tentou calar ninguém, jamais pregou que seus opositores não pudessem se manifestar. Muito pelo contrário, foi até as sinagogas e debateu abertamente com os fariseus, donos da verdade na época.

O cristão não deve ser favorável a nenhum movimento com objetivo de calar quem pensa diferente. Deve denunciar quem esconde o próprio autoritarismo em supostas lutas por direitos, justiça e etc. Jesus nunca foi autoritário nem se comportou como autoritário. Jamais pregou métodos de força para alcançar o objetivo do Reino de Deus. Deixou claro que tal Reino não era deste mundo nem seria encontrado usando métodos humanos de manipulação, ideologias políticas ou qualquer coisa do tipo. Seria contrário inclusive aos métodos usados em muitas igrejas e partidos, de brincar com as emoções das pessoas para angariar adeptos. Mexer com o emocional é uma forma de impedir pessoas de usarem o raciocínio.

Jesus também não chancelaria o linchamento virtual, a tal cultura do cancelamento ou o tribunal da Internet. São novas formas de apedrejamento criadas na era digital. O farisaísmo continua vivo e está muito presente nas redes sociais onde solta seus demônios. Muitos se comportam como gado, como turba, apenas seguem a onda da milícia digital sem nenhuma reflexão. Jesus foi crucificado a pedido exatamente desse tipo de pessoa, a turba irracional. Se envolver em milícias digitais e em tribunais de rede social não é comportamento aceitável de um cristão, de quem se espera mansidão, bondade, paciência, domínio próprio, amor ao próximo. O cristão deve ser o portador da luz em qualquer discussão, ser o pacificador, para todos perceberem estar diante de um discípulo do Cristo e não de um demônio disfarçado de membro de Igreja. Simples assim.


Boçalnaro, o rei nu

dezembro 12, 2020

O rei Boçalnaro está nu. Ele nem sequer está usando uma roupa que só pode ser vista por quem é inteligente. Está nu mesmo. Mostrando sua cara boçal, ignorante, truculenta. Mostrando toda a sua incompetência e falta de noção.

A estratégia para administrar a epidemia que ceifou a vida de mais de 180 mil brasileiros até o momento, é não ter estratégia nenhuma. Já para defender os filhos envolvidos em falcatruas, milícia e rachadinha, move montanhas. Envolve até a Abin na defesa de um dos filhos, como se dono do Estado ele fosse. Até hoje não explicou os 89 mil depositados na conta da sua esposa pelo miliciano Fabrício Queiroz. Nem explicou porque uma empresa com contratos no seu governo atuou de graça para a empresa do seu filho mais novo, o Jair Boçalnaro Júnior.

Continua fazendo como presidente o que sempre fez no Legislativo: mamar e gastar dinheiro público. Como presidente, sua agenda vive lotada de viagens, principalmente para participar de formaturas de milicos diversos. Está cercado de um bando de puxa sacos sem senso crítico algum, capazes apenas de servir como capachos. Ser capacho é requisito para fazer parte do governo.

Como foi possível a tanta gente acreditar que este asno de coturno seria capaz de governar como adulto um país do tamanho do Brasil? O Dilmo de farda, aquele que toda vez que abre a boca só fala bobagem, demonstra ignorância, mostra sua boçalidade para o mundo todo ver.

Quantos mais morrerão enquanto o presidente vive num país imaginário, que existe somente nos seus delírios de sociopata?


Machismo do bem

dezembro 6, 2020

Logo após as eleições, a galera “descolada” do @portadosfundos divulgou um vídeo onde ridicularizava a vereadora mais votada de Curitiba. Citaram a cidade, e o fato de ter sido a mais votada naquele pleito, relacionando a conquista da mesma com favores sexuais e divulgação de nudes antes das eleições. Só faltou usarem o nome da vereadora e o CPF para deixar mais literal a agressão e a misoginia gratuitas.

O que vimos em seguida foi uma legião de passapanistas passando a mão na cabeça dos pseudo humoristas. Incluindo perfis que se auto proclamam defensores das mulheres, como a @lolaescreva, defendendo os boçais.

A conclusão a que chegue foi: se a mulher não for da nossa turminha progressista, a gente vai fingir que não viu a agressão e o abuso. Vamos passar pano e abafar o caso. Vamos fingir demência e não ter visto as alusões muito claras à uma pessoa específica, apenas porque ela é de um partido do qual não gostamos.

Que ativismo de merda esse. Ativismo fajuto, tem lado e faz vista grossa quando o agressor supostamente está do nosso lado.

O que interessa não é a causa, e sim o partido do qual a pessoa agredida faz parte. Enfim, a hipocrisia.